Vida Equilibrada e Auto Controle


O Verdadeiro Equilíbrio

Antes da revolução industrial, no ocidente, o maior desafio pessoal era o de sobreviver.

Depois da revolução industrial, também no ocidente, o maior desafio pessoal era físico e econômico conhecido comoqualidade de vida.


Hoje no mundo ocidental o maior desafio pessoal é o equilíbrio.
  • Porque temos tantas possibilidades e responsabilidades, é difícil equilibrar nosso tempo.
  • Porque temos tantas necessidades e demandas, é difícil equilibrar nossos pensamentos e atenção.
  • Porque temos tantas coisas disponíveis, é difícil equilibrar nossos recursos e desejos.
  • Porque temos tantas opções, alternativas, escolhas e oportunidades, é difícil equilibrar nossas prioridades.
  • Porque existem tantas coisas que queremos e tantos que precisam de nós ou que amamos, é difícil equilibrar nossos objetivos.
  • Porque para sermos bem sucedidos precisamos ser fortes e disciplinados e para nos divertir precisamos ser livres e flexíveis. É difícil equilibrar nossas atitudes.
Nós temos a mesma quantidade de energia mental e o mesmo número de horas do dia das pessoas de outras gerações e outros lugares, mas temos tantas demandas mais, tantas coisas mais.

Vivemos no primeiro tempo e lugar da história do mundo onde os nossos desafios não se originam da escassez, mas do excedente, e não de opressão, mas de opções, e não de falta, mas da abundância.

Em vez de lutar para conseguir a nossa próxima refeição, estamos lutando para fazer com que nossa família esteja reunida o tempo suficiente para fazer uma refeição.

Em vez de lutar pela liberdade de poder fazer nossas escolhas, estamos perdidos na complexidade de 250 canais de TV, dezenas de milhares de itens de consumo, e quase incontáveis números de campos de estudo, trabalho e alternativas de vida.

Não é a simplicidade do muito pouco, mas a complexidade do muito que assola nossas vidas. E as respostas repousam não no equilíbrio das nossas capacidades, mas na nossa capacidade de encontrar equilíbrio.

Cristo como o exemplo máximo de Equilíbrio

Cristo permanece como o maior exemplo do equilíbrio de todas as boas características – mesmo aquelas que, num primeiro momento, parecem-nos ser opostos um do outro:

confiança / humildade
convicção / simpatia
normas de popa e tolerância
normas elevadas / tolerância
suscetível a tristeza / alegria profunda
ambição / interesse em pessoas comuns
educação e desenvolvimento pessoal / abnegação
cuidar de si mesmo / cuidar dos outros
comprometimento a uma causa / paciência, liberdade da ansiedade
compaixão / justa indignação

É realmente impressionante ser capaz de ponderar sobre essa lista e perceber que Jesus combinou e aperfeiçoou os “opostos” em sua vida.

Ele era completamente confiante e ainda plenamente humilde. Ele tinha força, e também sensibilidade. E a  lista parece não ter fim.

Há grandeza no equilíbrio, e equilíbrio é muitas vezes o resultado de duas grandes forças morais, cada um indo a direções opostas.

Até mesmo o planeta em que vivemos é mantido no seu lugar pela união das forças centrípeta (que impele a terra da sua orbita) e centrífuga (que a mantem em sua orbita). O perigo espreita quando um traço de caráter domina o seu oposto. Convicção sem empatia cria o intolerante. Liberalidade, sem a positiva convicção da verdade cria o tolo. Compaixão sem indignação produz o homem santo do Oriente que pacificamente medita, enquanto crianças morrem de fome ao seu redor.

O equilíbrio permeia todos os ensinamentos do Senhor. Ele não disse: “Ame o próximo.” Ele disse: “ame o próximo como a ti mesmo.” (ver Mateus 19:19). Ele quer que procuremos o melhor em nós e nos outros. 

Esse conceito é importante para Cristo. Ele não quer desenvolvamos um bom caráter em detrimento do próximo. Ele quer ambos para cada um de nós.

Ele disse: “Por eles me santifico a mim mesmo” (João 17:19). Ele quer dizer que fez a Si mesmo bom para que ele pudesse ajudar outros a também serem bons? Para Cristo, o pecado do egoísmo abrange não somente se importar consigo mesmo, mas não se importar com os outros.

Cristo simbolizou a perfeição não só nas qualidades de força e liderança, mas também nas qualidades de sensibilidade, ternura, lealdade e devoção.

Ele é o melhor exemplo das particularidades da juventude – emoção, aventura e novidade – mas ele também é o melhor exemplo das particularidades da velhice – a sabedoria e consistência.

Ele é o exemplo perfeito das “virtudes ocidentais” – praticidade e pro atividade -, mas também nas “qualidades do Leste” – a meditação e orientação motivada pelo pensamento.

Jesus Cristo é o modelo para todo o bem, e o exemplo para todas as pessoas, de qualquer idade, de qualquer sexo, de qualquer época.

Lao-tsé, que viveu 600 anos antes de Cristo e que criou a filosofia seguida por centenas de milhões de taoístas, ensinou que todas as coisas foram colocadas em cheque por duas grandes forças opostas posicionadas em equilíbrio: o yin e o yang. Ele agrupou todas as forças opostas nestas duas categorias – o quente e o frio, o masculino e o feminino, os velhos e os jovens. Ele disse que se um dia aparecesse na terra um ser que possuísse todas as qualidades do yin e todas as qualidades do yang, esse ser seria Deus.
Seiscentos anos após a profunda declaração de Lao-tsé Jesus Cristo nasceu.

Apetites, Paixões e Contrapesos.

A fim de encontrar o equilíbrio, como mortais, devemos aprender a compreender e refrear nossas paixões e apetites. Deus fez com que os alimentos tivessem um sabor delicioso e fez do ato de se alimentar uma experiência agradável e prazerosa, deu-nos a capacidade de sentir gostos ilimitados de sabores. Por quê?

Será que nossos apetites por alimentos são a representação física mais básica de todos os outros apetites e que ao aprendermos a controla-lo poderemos aprender os princípios que controlam todos os outros apetites? Talvez aquilo que torna os homens substancialmente diferentes dos animais é que os animais atingem o seu destino cumprindo a medida de sua criação estando sujeitos aos seus instintos e apetites, enquanto os seres humanos são plenamente conscientes de suas potencialidades e podem alcançar seu potencial ao controlar e dominar os seus apetites.

A palavra “apetite” geralmente carrega uma conotação negativa, a menos que seja modificada por um adjetivo positivo como “saudável.” Se isso faz parecer que o “apetite” seja um inimigo ou, pelo menos, em um desafio desagradável. Na verdade, os apetites são o que tornam a vida emocionante.

São as nossas paixões, que nos guiam e nos motivam e que tornam a vida agradável. Sim, elas exigem controle, mas também nos conferem prazer. Tente imaginar uma vida sem apetite e encontramo-nos a contemplar uma vida sem desafios, sem esforço, chata. Poderia a alegria ser definida como o controle do apetite? É o autodomínio, que em última análise, seria pelo menos a origem da felicidade?

Em uma perspectiva mais ampla, os apetites podem ser percebidos como as paixões e alegrias potenciais que o acompanham a vida mortal, e a dieta pode ser compreendida como a forma que nós escolhemos de como pensar e viver, enquanto estamos aqui na terra.

Agora pense sobre alguns dos nossos outros apetites… Sexo… Sono… Propriedade… Controle… Independência… Conforto… Fama… (ou reconhecimento/ crédito) Aceitação… Realização… Posição… 
Ambição… Poder… Riqueza… Amor… Compreensão… Conhecimento. Eles correspondem aos (e se tornam exagerados por) esforços realizados para controla-los?

O que são os apetites? Eles são aquilo que precisamos? Aquilo que queremos? Aquilo que desejamos? Eles são instintos? Atrações naturais? São eles inerentes ou aprendidos? Nos animais os apetites ou instintos são inerentes e produzem aquilo que é necessário para que sobrevivam. Eles estão mais ou menos nisso conosco? Será que somos mais capazes de controla-los e dominá-los? Podemos fazer as duas coisas? 

Existem bons e maus apetites? São os nossos desejos por amor ou sabedoria muito elevados e puros para serem chamados de apetites? São aqueles com maiores ou menores apetites seres humanos superiores ou inferiores? O que significa, refrear os apetites e paixões.

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